Marte pode ter oxigênio – A superfície marciana não é nada amigável para que o ser humano possa viver ali. Isso porque, basicamente, para podermos viver bem, precisamos de oxigênio na atmosfera, na nossa atmosfera do Planeta Terra temos 21% de oxigênio, na atmosfera marciana essa quantidade é de 0.145%. O oxigênio em Marte é produzido quando a radiação do Sol interage com o CO2 na atmosfera. Além disso, já sabemos que a atmosfera marciana é muito rarefeita, e que as temperaturas em muitos locais são proibitivas para o ser humano, passando dos 100 graus negativo. Nessas condições, a água líquida não existe em Marte, na superfície, quando ela chega na superfície, ou ela congela ou evapora diretamente. Em sua sub-superfície, Marte tem água líquida, salgada, uma salmoura Isso é muito importante, pois essa água pode se manter estável e líquida perto da superfície e em determinadas situações até mesmo na superfície por algum tempo.

Marte pode ter oxigênio
O estudo
Um novo estudo sugere que a água salgada na ou perto da superfície do planeta vermelho poderia conter O2 dissolvido suficiente para suportar micróbios respiradores de oxigênio e organismos ainda mais complexos, como esponjas.
“Ninguém pensou em Marte como um lugar onde a respiração aeróbica funcionaria porque há muito pouco oxigênio na atmosfera”, disse Vlada Stamenkovic, cientista da Terra e do Laboratório de Propulsão a Jato que liderou o trabalho. “O que estamos dizendo é que é possível que este planeta que é tão diferente da Terra possa ter dado uma chance à vida aeróbica.”
Como parte do relatório, Stamenkovic e seus co-autores também identificaram quais regiões de Marte são mais propensas a conter salmouras com as maiores quantidades de oxigênio dissolvido. Isso poderia ajudar a NASA e outras agências espaciais a planejar para onde enviar as sonda em futuras missões, disseram eles.
- O trabalho foi publicado segunda-feira na Nature Geoscience e divulgado pela Phys.org .Assista ao vídeo de Sérgio Sacani explicando detalhadamente sobre a pesquisa.
Fonte Oficial: Revista Nature Geoscience, via Phis.org com informações do canal do Youtube Space Today por Sérgio Sacani.