Ao passar pelos perfis de rede social, se acha fotos, GIFS animados e discussões. Muitas, e ferrenhas discussões: Parece que é cada um por si, tal como numa cena de Mad Max (só que sem os carrões e as batalhas violentas ) sem fazer esforço, se percebe o potencial jogado fora, porque compartilhar hoje em dia, parece ser nada mais que um comando.
Cada pessoa ganhou armas para inventar, rever e desafiar… E ao mesmo tempo, ganhou feridas que se nota, não podem ser tocadas ! Grupos formados online, tem a ameaça de ebulição, com sazonalidades específicas, entre jogos de futebol, campanhas políticas e a relação direitos e deveres. Quando numa encruzilhada moral, a gente quebra as convenções, buscando se sobressair !
A rede está cheia de possibilidades, e somos ilhas! Sei, estamos carecas de ouvir isso. Lembro que lá em 2003, no programa Buzina MTV (Quando a internet não era tão evidente) Humberto Gessinger já dizia coisas como “A gente pensava que a internet ia democratizar as coisas“ (…) “Os caras não vão nem a casa do vizinho “ Concluía. Lamentável, que há 14 anos ele estivesse refletindo exatamente o que nos tornaríamos !
Se nos perdemos, é porque “perder-se “ se torna uma experiência legal. Tão legal que chega a modificar percepções, logo não há mais outros, somente a gente… De novo, já estamos carecas de saber. Nos resta agora partir desse ponto, para criar pontes entre ilhas: Quando vamos formar experiências legais , e que envolvam concessões ?
Conceder passa um pouco por entender! Estamos então, com a faca e o queijo, podemos navegar, pesquisar e compreender… Acho que funcionaria tipo merthiolate pra curar nossas feridas. O problema conosco, é a falta de reconhecimentos de erro. De incompletude.. O primeiro a dizer que ” não sabe de tudo” e admitir, é também o primeiro a conceder.
Há diplomacia nas redes? Saber da resposta passa pelo perfil de cada um e cada uma: Nós queremos conceder? Pomos curativos nas feridas ou as deixaremos sangrar, enquanto a vitalidade diminuí? Concessão. Tá aí um processo intrínseco, que vem muito antes das postagens, dos pefís e também da web… É preciso pesquisar a respeito da alma e da empatia! Que tal trocar o número de amigos por esse sentimento de “se por no lugar dos outros? “ Já sabemos fazer isso na teoria, com fotos vídeos e outras mídias. Agora é chegada a hora de sintetizar tudo.
Criar pontes não é um processo dos grandes: A gente dá patadas em governos, critica e aponta falhas de instituições, exige flexibilidade… Não nos damos conta do que ocorre com nossa mentalidade, no aqui e no agora! Como diz a cantiga, devemos retirar uma pedra a cada vez de nossos muros. É tempo de diálogo e de concessões por favor ! Jogar muitas ideias a luz, correr para se esconder nas comunidades já não nos serve.
As redes sociais nos apontam caminhos, e temos de tomar um rumo. As pessoas muito esperam ser lidas, feito um livro aberto mesmo… Se nos aproximarmos isso já vai acontecer e o bacana é que vamos ampliar nossas redes de contato no mundo real! Energia a mais para realizar os nossos sonhos. Basta propor um diálogo, transpassando aquilo que sabemos dentro do tempo-espaço que podemos manipular.
Por Marcos Petry