Segundo dados de 2015 do Ministério da Saúde, o índice de fumantes no Brasil caiu 30,7% nos últimos nove anos e hoje corresponde a 10,8% da população. Atualmente, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes anuais e está relacionado a 90% dos casos de câncer de pulmão em brasileiros. Estima-se que quase 30 mil novos casos desse tipo de câncer devam surgir no país por ano. O cigarro ainda contribui para 25% das mortes por anginas e por infartos do miocárdio, 45% das mortes por infartos em pessoas com menos de 65 anos e 85% das mortes por bronquite crônica e enfisema pulmonar.
O cardiologista e diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Leforte, Dr. Hélio Castello, explica que com determinação e seguindo algumas rotinas é possível parar de fumar. Entre elas, escolher um dia para deixar o vício, cortar gatilhos para o fumo, desaparecer com lembranças do cigarro, frequentar grupos de apoio, iniciar atividade física, melhorar a alimentação e receber acompanhamento médico. “Algumas pessoas necessitam de apoio profissional para largar o vício. Outras já conseguem deixar de fumar sozinhas, buscando atividades diferentes, planejando e evitando situações que possam associar o fumo ao seu dia a dia”, esclarece o especialista.
O Dr. Hélio Castello lembra que parar de fumar melhora significativamente a qualidade de vida, já que a reação do organismo é praticamente imediata. “Com o apoio adequado e a persistência, é possível o fumante alcançar esse objetivo e se tornar um ex-fumante”, afirma.
Conheça como o corpo reage ao parar de fumar:
Após 20 minutos: Logo ao parar de fumar, a pressão sanguínea e as batidas cardíacas voltam ao normal.
Após 8 horas: A quantidade de monóxido de carbono no sangue diminui quase pela metade, normalizando a oxigenação das células.
1 dia depois: O monóxido de carbono é eliminado do corpo e os pulmões também começam a eliminar o muco e os resíduos da fumaça.
2 dias depois: Não há mais nicotina no organismo. Com isso, o gosto e o olfato começam a melhorar. A transpiração deixa de cheirar a tabaco.
3 dias depois: Os brônquios começam a relaxar e a respiração melhora.
De 2 a 12 semanas depois: A circulação venosa (responsável pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração) melhora.
De 3 a 9 meses depois: Os problemas respiratórios e as tossem acalmam, a voz se torna mais clara e a capacidade respiratória aumenta em 10%.
Fonte: www.leforte.com.br